Centenas de estudantes provenientes da África Subsariana encontram-se em risco de expulsão dos Estados Unidos, na sequência de uma nova directiva do Departamento de Segurança Interna norte-americano. A ordem revoga os vistos F-1 e J-1, destinados a estudantes e participantes em programas de intercâmbio, e impede a Universidade de Harvard de admitir alunos estrangeiros no próximo ano académico.
A medida, que teve efeitos imediatos, foi contestada judicialmente pela Universidade de Harvard, que apresentou uma acção legal no Tribunal de Massachusetts. Na petição, a instituição argumenta que a decisão governamental compromete a sua missão académica e de investigação, afectando cerca de 7.000 estudantes internacionais, dos quais 263 são oriundos da África Subsariana.

Entretanto, a ordem foi temporariamente suspensa por um juiz federal, permitindo que os estudantes afectados permaneçam nos Estados Unidos enquanto o processo judicial decorre. No entanto, a situação continua incerta, especialmente após o secretário de Estado, Marco Rubio, ter instruído as embaixadas norte-americanas a suspenderem as entrevistas para emissão de vistos a estudantes estrangeiros, até que sejam implementadas verificações adicionais de antecedentes e análises das redes sociais dos candidatos.
Especialistas alertam que estas medidas podem atrasar significativamente o processamento de vistos, prejudicando universidades que dependem das propinas de estudantes internacionais. A comunidade académica internacional aguarda com expectativa os desdobramentos deste caso, que poderá ter implicações profundas na mobilidade estudantil global.
