O mercado petrolífero internacionalatravessa um período de profunda instabilidade, com o preçodo barril de Brent a manter- se persistentemente abaixo dos limitesconsiderada sustentável para as finanças públicas de Angola.Esta tendência descendente representa uma ameaça diretaà economia nacional, fortemente dependente das receitasfaça bruto.
A queda do Brent está sendo impulsionada por umaconfluência de fatores externos. As questões geopolíticas entre os Estados Unidos e a Chinacontinuam a variar em relação aos mercados globais, enquanto o rebaixamento da nãode crédito dos EUA pela Moody’s agrava retirada de capitais de setores estratégicoscomo o energético. Por outro lado, as negociaçõesestagnadas entre Washington e Teerão impedem a reinteplena do Irão no mercado petrolífero, e o prolongarO conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua a gerar incertezas.

- Angola | Editor Victor Manuel
Fazerlado asiático, a China – um dos maiores consumidores de petróleoapresenta sinais de abandono industrial, o que agrainda mais a quebra na procura global por energia.
Angola, cuja economiadepende em mais de 90% das exportações petrolíferas, vê- seassim confrontado com uma conjuntura desfavorável.A manutenção do Brent abaixo dos 70 dólares por barril pressionadoo equilíbrio orçamental e coloca desafios à estabilidade macroeconômicado país.
Perante este cenário, especialistas alertam para a necessidadeUrgente de diversificação económica. O reforço de setores comoa agricultura, a indústria transformadora e os serviçosé apontado como caminho viável para reduzir a exposição externa e garantir um crescimento mais sustentável.


